Pilates e Lombalgia

A lombalgia, comummente conhecida por dor nas costas ou dor na coluna, é apontada pela Organização Mundial da Saúde como um dos principais problemas de saúde nos países ocidentais. É um problema de saúde comum que afeta qualquer indivíduo independentemente da sua faixa etária.

Estima-se que 15% a 20% da população adulta apresente dor num período de tempo prolongado superior a 1 ano e que 50% a 80% da população adulta tenha experienciado um episódio de lombalgia em algum momento da sua vida (Clark & Horton, 2018).

É apontada, assim, como uma das principais condições limitantes na qualidade de vida do indivíduo bem como na prática profissional. A lombalgia pode ser classificada em aguda (apresenta início súbito e duração inferior a 6 semanas), subaguda (entre 6 e 12 semanas) ou crônica (superior a 12 semanas).

Caracteriza-se por dor na região lombar e glúteos, que pode ser acompanhada por irradiação para os membros inferiores. Não sendo possível apontar uma causa direta para a lombalgia, sabemos que habitualmente se podem encontrar fatores de risco associados como: fatores pessoais (idade, excesso de peso, tabagismo); genéticos; físicos (patologias de base associadas, sedentarismo, postura, prática laboral) ou psicológicos (stress, somatização).

As causas mais frequentemente identificadas, prendem-se com alterações musculoesqueléticas advindas de processos degenerativos. Muitas das lombalgias são resultantes da presença de hérnias discais na lombar.

A palavra “hérnia” significa projeção ou saída por uma fissura ou orifício de uma estrutura contida.

ARTEMIZA VIANA

Terapeuta Ocupacional

Professora de Pilates Autêntico no Centro Pilates Cerveira

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O disco intervertebral é uma estrutura fibrosa e cartilaginosa que contém um líquido gelatinoso no seu centro, chamado núcleo pulposo e por um tecido cartilaginoso chamado anel fibroso. O disco fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral e é uma espécie de sistema que absorve o impacto da movimentação do corpo. A dor resultante da hérnia acomete a lombar e pode irradiar para as pernas e pés.

O paciente pode também sentir formigamento, dormência, ardência e dores na parte interna da coxa. Nos casos mais graves, a compressão poderá causar perda de força nas pernas e até mesmo incontinência urinária. Existem várias indicações de tratamento, sendo a prática de exercício físico um dos recomendados, tanto na prevenção como quando surge a dor.